Controle da Qualidade Laboratorial
O Controle da Qualidade laboratorial é um conjunto de medidas e procedimentos adotados para garantir a precisão, confiabilidade e consistência dos resultados dos testes realizados.
A RDC 786/2023, uma norma técnica da Anvisa, prevê o Controle da Qualidade e estabelece as regras de funcionamento dos laboratórios clínicos.
Nesse sentido e, conforme essa norma, os laboratórios devem garantir a qualidade dos processos por meio do controle interno e externo.
Além da exigência da RDC 786/2023, é crucial adotar processos que visem aumentar o nível de excelência dos serviços prestados na instituição, como um todo.
Isso, devido a essencialidade da Qualidade na garantia de eficiência e eficácia da gestão laboratorial, bem como na redução de custos, melhoria da segurança e colaboração para obtenção de acreditações.
Para começar, é fundamental compreender o conceito de Controle de Qualidade.
Nesse sentido, trata-se de um processo contínuo de melhoria que busca: Identificar problemas, corrigi-los e estabelecer um ambiente ideal para a entrega de um serviço do mais alto nível de excelência.
Além disso, o Controle de Qualidade está diretamente ligado à satisfação do cliente, que é resultado do atendimento recebido no laboratório.
Não obstante a isso, o Controle de Qualidade é um fator de diferenciação competitiva, onde laboratórios que prestam atenção aos processos internos e externos, obtêm vantagens em termos de produtividade, otimização da rotina e qualidade.
Cabe ressaltar, nesse sentido, que existem dois tipos de Controle de Qualidade: interno e externo.
O controle externo é realizado por meio da participação do laboratório clínico em Ensaios de Proficiência para todos os exames realizados em sua rotina.
Nesse processo, as amostras controle são analisadas da mesma forma que as amostras dos pacientes.
A diferença, nesse sentido, é que, os resultados são enviados para uma empresa externa, regulamentada pela ANVISA, a fim de garantir uma avaliação imparcial e confiável.
Para garantir a confiabilidade do processo, o laboratório monitora o processo analítico por meio da análise de amostras controle.
Os resultados dessas análises, por sua vez, devem ser registrados para comprovações posteriores, e, nesse sentido, é essencial estabelecer critérios de aceitação para esses resultados.
Não obstante a isso, é importante destacar que a análise das amostras controle deve ser feita da mesma maneira que as análises das amostras de pacientes, garantindo, desse modo, a precisão e confiabilidade dos resultados.
O principal objetivo do controle de qualidade nos laboratórios de análises clínicas é estabelecer a melhoria contínua para obter resultados precisos e confiáveis.
As certificações e acreditações, por sua vez, são consequências desse esforço, que envolve todos os colaboradores, independentemente do nível hierárquico.
A qualidade está diretamente relacionada a processos otimizados, padronizados, automatizados e controlados, que permitem observar, identificar e corrigir falhas para minimizar os efeitos de possíveis deslizes e preservar a segurança e a qualidade.
O controle de qualidade faz parte da gestão da qualidade, que engloba o alinhamento e a padronização dos processos internos e externos da empresa.
Nos laboratórios, o objetivo é garantir que todos os serviços atendam às expectativas dos clientes e do mercado, além de seguir as leis e normas do setor.
A gestão da qualidade está relacionada à entrega de resultados confiáveis e com o mínimo possível de defeitos, à satisfação do cliente, ao desenvolvimento e à gestão de recursos humanos, ao controle de processos, ao propósito e à melhoria contínua.
Laboratórios que possuem um setor dedicado à gestão da qualidade têm vantagem competitiva.
Para controlar e garantir a qualidade nas instituições, é necessário adotar algumas ações padrão nos laboratórios.
É importante ressaltar que a qualidade está relacionada a todos os departamentos e setores do laboratório, indo além da coleta e análise das amostras e da disponibilização dos resultados, incluindo a recepção, atendimento e gestão das informações, entre outros aspectos.
A seguir, apresentaremos quais são essas ações. Continue lendo para saber mais!
A proteção dos profissionais, clientes e do ambiente é uma prioridade em qualquer laboratório clínico, alcançada por meio de medidas de biossegurança.
Isso inclui o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), tais como, luvas, avental, touca, sapatos fechados, óculos e máscaras.
Além disso, é necessário haver, também, a implementação de sinalização adequada e planos de contingência específicos para os riscos associados ao ambiente laboratorial, tais como:
Riscos Físicos;
Riscos Químicos;
Riscos Biológicos;
Riscos Ergonômicos.
Portanto, é fundamental considerar os níveis de biossegurança estabelecidos pela Anvisa.
A qualidade de um laboratório está diretamente ligada aos seus processos.
Envolve, nesse sentido, processos eficientes, ágeis e adaptados à realidade da instituição e isto, por sua vez, contribui para a garantia da qualidade.
Para tanto, a padronização de processos é essencial na definição da condução das tarefas, estabelecendo, assim, as etapas a serem seguidas.
Desse modo, é importante que os responsáveis pela Qualidade, bem como seus respectivos setores, trabalhem juntos para pensar em processos que tornem a rotina mais ágil e eficiente.
Para tanto, é necessário manter altos padrões de Qualidade e, ainda assim, investir em processos que sejam continuamente aprimorados.
Diante disso, padronização, otimização e automação dos processos são passos importantes para atingir esse objetivo.
É importante lembrar que a padronização não se limita às etapas das tarefas, mas também abrange os materiais utilizados para executá-las.
Nesse sentido, a tecnologia desempenha um papel fundamental, permitindo a automação dos processos e garantindo maior segurança nos dados obtidos e trabalhados.
Os indicadores são uma parte preponderante da Qualidade, uma vez que, representam os parâmetros que o laboratório deve seguir para medir e confirmar a validade dos serviços prestados.
Embora haja uma grande quantidade de indicadores que possam ser medidos, o ideal é direcionar a atenção àqueles cujo não cumprimento, geram maior impacto.
Alguns exemplos comuns de indicadores nos laboratórios incluem erros na abertura de cadastro, tais como:
Identificação equivocada do cliente ou do médico;
Erro no cadastro de exames;
Falhas na coleta ou recoleta;
Percentual de exames liberados no prazo;
Percentual de laudos retificados;
Quantidade de não conformidades.
As não conformidades são parte preponderante da gestão da Qualidade do laboratório, pois ocorrem quando há deslizes ou fatores que não condizem com o que o laboratório deve entregar.
A ocorrência de não conformidades pode estar relacionada a diversos fatores, tais como:
Recepção e atendimento inadequados;
Informações equivocadas sobre preparos e coletas de amostras impróprias;
Armazenamento inadequado;
Análise incorreta das amostras;
Interpretação equivocada dos resultados.
Portanto, é fundamental que todos os colaboradores do laboratório estejam cientes dos processos estabelecidos para cada função, a fim de prevenir a ocorrência de não conformidades e falhas nas tarefas.
Um dos principais objetivos dos gestores de laboratórios de análises clínicas é obter acreditações e certificações que atestem a qualidade do laboratório.
É fundamental que esses documentos estejam atualizados antes de uma auditoria ser realizada.
A acreditação é concedida por órgãos autorizados e atesta a qualidade do laboratório, embora não seja obrigatória.
A busca pela acreditação demonstra a preocupação do laboratório com a excelência dos serviços prestados e a satisfação dos clientes, além de garantir que seus processos estejam em conformidade com a legislação.
Cada órgão de acreditação tem exigências específicas para conceder a certificação, portanto, é necessário que o laboratório defina o escopo e o órgão pelo qual deseja ser acreditado.
Em seguida, deve-se solicitar a acreditação e se preparar para obtê-la, o que envolve a melhoria contínua dos processos.
É importante destacar que, depois de obtida, a acreditação deve ser mantida e não é um fim em si mesma.
Pelo contrário, é mais um motivo para manter o foco na qualidade e na busca pela excelência.
O interfaceamento de equipamentos de análises clínicas com o sistema de gestão do laboratório é conhecido como automação laboratorial.
Com a automação, as informações dos equipamentos são automaticamente enviadas ao sistema, tornando-as acessíveis a todos os colaboradores do laboratório.
As vantagens da automação incluem:
Melhora na produtividade;
Redução do tempo de realização do exame;
Maior qualidade e confiabilidade nas informações;
Aumento da rastreabilidade;
Redução de custos e melhora da gestão do laboratório;
Maior competitividade diante da concorrência.
Por sua vez, esses benefícios contribuem para aumentar os níveis de qualidade do laboratório.
O Quaent, o MELHOR SOFTWARE DE GESTÃO DA QUALIDADE, é a solução ideal para elevar o nível da sua Gestão Laboratorial.
Desenvolvido exclusivamente para instituições de saúde, a ferramenta de Gestão da Qualidade – Quaent possui módulos tais como:
Controle Interno da Qualidade, Gestão de Documentos e Gestão de Não Conformidades que, automatizam processos e facilitam a Gestão da Qualidade em todas as frentes.
Se você se interessou nessa excepcional ferramenta de Gestão da Qualidade, entre em contato com a Equipe Laranja e conheça todas as vantagens de aderir ao novo jeito de fazer Qualidade.
Por fim, se você chegou até aqui, é de se esperar que o Controle da Qualidade seja do seu interesse e, por isso, deixo aqui abaixo, um conteúdo que pode chamar sua atenção.
→ Controle de Qualidade Laboratorial ←
Acompanhe, também, as novidades e dicas sobre qualidade no:
Instagram, LinkedIn, Youtube, Telegram, e é claro, o nosso blog!
E depois de tudo isso, eu vou ficando por aqui:
Até a próxima!
Elô da Concent