Nem sempre a comunicação entre médico e paciente é suficientemente esclarecedora sobre a doença de forma a permitir decisões assertivas. E foi justamente este tipo de falha na comunicação que levou uma empresária texana, Keli Thomas-Drake, a criar um aplicativo que permite ao paciente, familiares e médico um acesso mais completo a fatores importantes do tratamento, conectando o paciente ao seu prontuário. O app, que apesar de novo nos EUA já está fazendo grande sucesso, é apenas um exemplo de como a tecnologia pode – e deve – influenciar na relação entre pacientes e prestadores de saúde.
A ideia do aplicativo surgiu quando Keli sentiu muitas dificuldades para acompanhar os dados básicos do prontuário da mãe, que estava com câncer de mama. A ferramenta desenvolvida pela empresária, além das informações sobre a evolução ou remissão da doença e seu tratamento, abriga ainda dados burocráticos, como registros de diagnóstico, agendamentos com o médico, informações sobre o plano de saúde e prescrição médica, permitindo ao enfermo o compartilhamento de dados com o usuário que escolher.
Essa aproximação do paciente com suas próprias informações pode ser levada para vários outros campos da saúde, inclusive para empresas de saúde e laboratórios, através de ferramentas tecnológicas que possibilitem maior controle e a tomada de ações mais corretas por parte de familiares e usuários em geral. Se nos tempos atuais a palavra-chave para empresas de qualquer segmento é “inovação”, é mais do que a hora de pensar em novos modelos e serviços. Seria o caso, por exemplo, de disponibilizar o histórico ou prontuário para os pacientes.
Hoje, vários aplicativos oferecem serviços semelhantes, no entanto a maioria é voltada para o profissional em si, que escolhe ou não a sua assinatura e o compartilhamento com o seus pacientes, geralmente médicos e nutricionistas. O app da empresária texana inova justamente ao reunir uma grande gama de informações voltadas para o paciente ou usuário escolhido, democratizando o acesso aos dados e otimizando resultados.
Impulsionar os avanços diagnósticos através da tecnologia, sim, mas na outra ponta do procedimento o app é um belo exemplo de como o desenvolvimento tecnológico pode colaborar para a humanização dos processos.