No Brasil, dezenas de casos envolvendo erros de laboratórios são vivenciados diariamente. Esses erros resultam de imprecisões que ocorrem com maior frequência na fase pré-analítica do processo, quando pode acontecer contaminação, identificação incorreta da amostra, cadastro errado do paciente, amostra colhida em tubo trocado, ou até mesmo troca de pacientes durante a coleta.
Porém, todo paciente está vulnerável a erros que podem ocorrer também nas fases analítica e pós-analítica – desde a expedição do pedido médico, passando por atendimento, cadastro, coleta das amostras, realização das análises, liberação dos resultados, e até mesmo interpretação de resultados.
Como em qualquer atividade de saúde, laboratórios clínicos comportam riscos que podem ser reduzidos ou eliminados, e erros podem ser evitados com investimentos que vão além da tecnologia. Estando a organização envolvida com a segurança do paciente, a tendência é haver redução de risco a um mínimo de danos desnecessários associados ao cuidado de saúde.
Para que esses riscos sejam reduzidos, é necessário que o laboratório esteja atento à gestão da equipe e dos processos. É comum o investimento em modernização por meio da aquisição de equipamentos, mas nem sempre há investimento em pessoas – e os profissionais são fundamentais para a obtenção de resultados com qualidade.
Os processos devem ser padronizados e implementados, e os resultados monitorados para se verificar sua eficácia. Se não alcançarem as metas e objetivos, as causas do problema precisam ser investigadas, e ações de melhoria propostas.
Finalmente, os profissionais de saúde, dentro de uma cultura de segurança, precisam encorajar o paciente a abandonar o papel passivo para atuar na gestão dos riscos. Por exemplo, conferindo a identificação das amostras, a adesão ao protocolo de higienização de mãos, checando os dados de seu cadastro, etc.
Fonte: ONA