O cálcio tem um papel vital em muitos processos biológicos, como a coagulação sanguínea. Até agora, não se sabia se o cálcio sérico elevado ao longo da vida poderia estar causalmente associado ao risco de doença arterial coronariana (DAC).
Porém, de acordo com estudo realizado pelo Karolinska Institutet, em Estocolmo, a predisposição genética para sofrer altos níveis de cálcio no sangue aumenta o risco de doença coronariana e de ataque cardíaco.
Os pesquisadores suecos realizaram um método de análise que utiliza informações genéticas conhecidas como randomização mendeliana para examinar a associação de cálcio sérico com DAC e infarto do miocárdio. Este uso de variantes genéticas têm uma influência específica sobre os possíveis fatores de risco para avaliar associações com resultados explícitos.
Para realizar a pesquisa, foram estudados os casos de 184.305 indivíduos (60.801 deles com doença coronariana e 123.504 saudáveis), além de seis variantes genéticas relacionadas aos níveis séricos de cálcio. Desta forma, os pesquisadores descobriram que uma predisposição genética para níveis mais elevados de cálcio sérico estava associada a um risco aumentado de doença cardíaca coronária e ataque cardíaco.