Tendo em face o recente avanço do coronavírus para o território brasileiro, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas separou algumas dicas e materiais de apoio para auxiliar os laboratórios a lidarem com os novos casos que venham a surgir, garantindo a máxima segurança dos pacientes com suspeita e colaboradores envolvidos com o processo.
INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China que, em 7 de janeiro de 2020, se confirmaram como sendo provenientes de um novo tipo de coronavírus.
A família coronavírus já existe há várias décadas. Os sete coronavírus humanos (HCoVs) conhecidos são: HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV, MERS-COV e o, mais recente, SARS-coV-2 (que no início foi temporariamente nomeado 2019-nCoV e, em 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome definitivo). O novo coronavírus é responsável por causar a doença COVID-19.
Atualmente, a taxa de letalidade do novo coronavírus é de 3,4%, considerada maior que o Sarampo (2,2%) e menor que Ebola (51%). Até o dia 27/02/2020 (quinta-feira), eram em torno de 2.800 mortos e quase 83.000 casos confirmados.
COMO EVITAR A TRANSMISSÃO DO VÍRUS
A OPAS/OMS sugere os seguintes cuidados para evitar a transmissão do vírus:
● Lavar as mãos com água e sabão ou com desinfetantes para mãos à base de álcool;
● Ao tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um tecido – jogue fora o tecido imediatamente e higienize as mãos;
● Na presença de sintomas como febre, tosse e dificuldade de respirar, procure atendimento médico assim que possível;
● Evite o contato próximo sem proteção adequada com pessoas que apresentem sintomas de gripe ou resfriado;
● Higienize e cozinhe adequadamente bem os alimentos, evitando o consumo de produtos de origem animal crus ou mal cozidos.
● Se visitar mercados de animais vivos em áreas onde foram notificados casos do novo coronavírus, evite o contato direto sem proteção adequada com animais vivos e com superfícies em contato com esses animais;
FLUXO LABORATORIAL PARA DIAGNÓSTICO O NOVO CORONAVÍRUS (2019-NCOV)
A secretaria de Vigilância em Saúde preparou um Fluxo Laboratorial para Diagnóstico do Novo Coronavírus. Para acessar, clique aqui.
ATENDIMENTO
Como a transmissão do Coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, o ideal é que quando há suspeita de paciente com Coronavírus, a coleta seja realizada no ambiente que ele já se encontra (hospital, por exemplo), evitando ao máximo deslocar o mesmo para outros ambientes. Quando isso não for possível, segundo a Secretaria de Saúde do RN (Sesap), durante o atendimento inicial de um caso suspeito, os profissionais devem fornecer máscara cirúrgica ao paciente caso ele não tenha dificuldade para respirar e afastá-lo dos demais doentes. Durante o atendimento inicial, segundo o protocolo, os profissionais devem ficar afastados em dois metros até que estejam com os equipamentos de proteção necessários.
COLETA
No que tange ao procedimento de coleta, a Secretaria de Saúde do Governo de São Paulo preparou um PROTOCOLO LABORATORIAL PARA A COLETA, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS PARA INVESTIGAÇÃO DO NOVO CORONAVÍRUS (2019 – nCoV), cujo objetivo é orientar a realização de coleta, acondicionamento/conservação e transporte de amostras biológicas, com vistas ao diagnóstico laboratorial do novo coronavírus (2019-nCoV), que pode ser acessado clicando nesse link.
De acordo com informação do Secretário Executivo do Ministério da Saúde, João Gabardo dos Reis (Ministro substituto), os procedimentos laboratoriais somente serão necessários até o diagnóstico número 100. após todas as pessoas com sintomas clínicos serão diagnosticadas com a doença COVID19, e terão observação, e/ou tratamento e/ou internação de acordo com o estado clínico. sendo preferenciais os mais idosos, em função da mais alta letalidade.
MATERIAL COMPLEMENTAR
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O CORONAVÍRUS.
MAIS INFORMAÇÕES DA ANVISA SOBRE O CORONAVÍRUS.
Fontes: